Origem e significado do termo
O vocábulo humanismo deriva do latim humanus, que significa humano.
Por tal disposição, sugere o saber que se refere ao ser humano, ao seu
conhecimento e desenvolvimento, tanto no plano individual quanto social.
Nas
palavras de Jostein Gaarder em sua obra “O livro das religiões”:
“Podemos definir brevemente um humanista como alguém cuja visão do mundo
confere grande importância aos seres humanos, à vida e ao valor do ser
humano. O Humanismo realça a liberdade do indivíduo, a razão, as
oportunidades e os direitos."
Filosoficamente
encontram-se no humanismo diversos valores, como o antropocentrismo
(tudo se relaciona ao ser humano), a valorização da razão, o pacifismo e
o otimismo (no sentido de ter fé nas ações humanas).
Movimento Humanista
O
Movimento Humanista, hoje em voga, é a manifestação prática do ideal de
Humanizar a Terra e o anseio de dirigir-se para uma Comunidade Humana
Universal. Ainda que neste momento pareça utópico, cultiva-se o germe de
nova cultura decorrente de uma civilização que se preocupa/adapta a
valores mínimos universais. Civilização que antevê encruzada difícil,
diante da qual não ousará estancar os passos, que permitirão ao
indivíduo desfrutar da própria liberdade. Ao admitir e valorizar as
diversidades que permitem ao ser humano ostentar a dignidade que merece
pelo mero fato de nascer, concretizar-se-á a igualdade de direitos e de
análogas oportunidades.
Campo de estudo
O
estudo dos temas humanísticos insere-se no campo das Ciências Humanas e
as informações transmitidas dialogam com várias disciplinas, entre
estas:
Filosofia: discorre sobre as reflexões humanas
Sociologia: estuda o ser humano quando inserido no corpo social
Psicologia: estuda a mente humana
Semiologia: ciência da comunicação
Passado Histórico/Cultural: História, Arte e Literatura
Sociologia: estuda o ser humano quando inserido no corpo social
Psicologia: estuda a mente humana
Semiologia: ciência da comunicação
Passado Histórico/Cultural: História, Arte e Literatura
Classificação
Conquanto difícil uma classificação, assinalam-se os textos humanísticos da forma abaixo consignada:
- por tema: literários, filosóficos, sociológicos, históricos;
- pela entonação empregada pelo autor: culto, coloquial, informativo, irônico, lírico, satírico, entre outros;
- pela atitude do autor: críticos e analíticos.
Visão literária
O
tipo de texto mais utilizado na exposição das disciplinas humanísticas,
qualquer que seja a temática em foco, é o ensaio que, a partir dos
“Essais” de Montaigne, publicados em 1580, desenvolveu-se até alcançar a
forma habitual de expressão do pensamento intelectual do século XXI.
Hodiernamente,
o texto humanístico é breve e combina a prosa literária com a
investigativa, o que lhe oferece caráter didático e de análise ou
crítica de uma determinada realidade. Sua principal característica é a
originalidade, por divulgar descobertas, invenções e conclusões de
diferentes modalidades.
O
texto humanístico supõe reflexão aberta e livre a respeito dos mais
distintos temas, no intento de oferecer sugestões sobre algum aspecto
concreto do tema-base. O escritor oferece uma visão pessoal (subjetiva)
do objeto em estudo e para alcançá-la utiliza todos os procedimentos que
o uso da palavra escrita põe ao seu alcance (classificação anterior). O
discurso dominante é a exposição escoltada por argumentação consistente
e rica. O desenvolvimento do tema deve ser dedutivo ou analisante (do
geral para o particular) e sua estrutura global realiza-se em parágrafos
que seguem o esquema básico: análise, argumentos e conclusão.
Salienta-se que o ensaio permite certa liberdade em sua estrutura, sendo
frequentes as digressões (inclusão de temas alheios ao central),
citações, anedotas, impressões pessoais, enfim, uma liberdade estrutural
decorrente da sua condição de reflexão livre e aberta.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2011 – 11h21
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