segunda-feira, 2 de julho de 2012

Texto humanístico

Origem e significado do termo
O vocábulo humanismo deriva do latim humanus, que significa humano. Por tal disposição, sugere o saber que se refere ao ser humano, ao seu conhecimento e desenvolvimento, tanto no plano individual quanto social.
Nas palavras de Jostein Gaarder em sua obra “O livro das religiões”: “Podemos definir brevemente um humanista como alguém cuja visão do mundo confere grande importância aos seres humanos, à vida e ao valor do ser humano. O Humanismo realça a liberdade do indivíduo, a razão, as oportunidades e os direitos."
Filosoficamente encontram-se no humanismo diversos valores, como o antropocentrismo (tudo se relaciona ao ser humano), a valorização da razão, o pacifismo e o otimismo (no sentido de ter fé nas ações humanas).
Movimento Humanista
O Movimento Humanista, hoje em voga, é a manifestação prática do ideal de Humanizar a Terra e o anseio de dirigir-se para uma Comunidade Humana Universal. Ainda que neste momento pareça utópico, cultiva-se o germe de nova cultura decorrente de uma civilização que se preocupa/adapta a valores mínimos universais. Civilização que antevê encruzada difícil, diante da qual não ousará estancar os passos, que permitirão ao indivíduo desfrutar da própria liberdade. Ao admitir e valorizar as diversidades que permitem ao ser humano ostentar a dignidade que merece pelo mero fato de nascer, concretizar-se-á a igualdade de direitos e de análogas oportunidades.
Campo de estudo
O estudo dos temas humanísticos insere-se no campo das Ciências Humanas e as informações transmitidas dialogam com várias disciplinas, entre estas:
Filosofia: discorre sobre as reflexões humanas
Sociologia: estuda o ser humano quando inserido no corpo social
Psicologia: estuda a mente humana
Semiologia: ciência da comunicação
Passado Histórico/Cultural: História, Arte e Literatura
Classificação
Conquanto difícil uma classificação, assinalam-se os textos humanísticos da forma abaixo consignada:
  • por tema: literários, filosóficos, sociológicos, históricos;
  • pela entonação empregada pelo autor: culto, coloquial, informativo, irônico, lírico, satírico, entre outros;
  • pela atitude do autor: críticos e analíticos.
Visão literária
O tipo de texto mais utilizado na exposição das disciplinas humanísticas, qualquer que seja a temática em foco, é o ensaio que, a partir dos “Essais” de Montaigne, publicados em 1580, desenvolveu-se até alcançar a forma habitual de expressão do pensamento intelectual do século XXI.
Hodiernamente, o texto humanístico é breve e combina a prosa literária com a investigativa, o que lhe oferece caráter didático e de análise ou crítica de uma determinada realidade. Sua principal característica é a originalidade, por divulgar descobertas, invenções e conclusões de diferentes modalidades.
O texto humanístico supõe reflexão aberta e livre a respeito dos mais distintos temas, no intento de oferecer sugestões sobre algum aspecto concreto do tema-base. O escritor oferece uma visão pessoal (subjetiva) do objeto em estudo e para alcançá-la utiliza todos os procedimentos que o uso da palavra escrita põe ao seu alcance (classificação anterior). O discurso dominante é a exposição escoltada por argumentação consistente e rica. O desenvolvimento do tema deve ser dedutivo ou analisante (do geral para o particular) e sua estrutura global realiza-se em parágrafos que seguem o esquema básico: análise, argumentos e conclusão. Salienta-se que o ensaio permite certa liberdade em sua estrutura, sendo frequentes as digressões (inclusão de temas alheios ao central), citações, anedotas, impressões pessoais, enfim, uma liberdade estrutural decorrente da sua condição de reflexão livre e aberta.

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2011 – 11h21

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